Por Harry Fockink*
Ao longo das últimas décadas, tenho acompanhado empresas familiares e famílias empresárias e percebido que muitas coisas são similares entre elas, independentemente do quadrante do mundo em que se encontrem.
Um dos aspectos que mais pesa na sua não perenização é a degradação das relações entre os familiares que as compõem. Dos itens que levam a essa degradação, criticar em vez de dar feedback pesa muito. É a fonte de grande parte dos ressentimentos.
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Há pouco tempo, em um artigo do criador do conceito de Flow (Fluxo), Mihaly Csikszentmihalyi, deparei com um conteúdo interessante a respeito. Esse psicólogo de nome impronunciável se referiu a um estudo de Steven Stosny, um Ph.D. que trata essencialmente pessoas com problemas de raiva e relacionamento no qual baseei o conteúdo que segue.
As considerei de grande validade para o ambiente das famílias empresárias, pois aborda as consequências negativas da crítica.
Citando Oscar Wilde, Dr. Stosny começa o artigo com a seguinte frase: “A crítica é a única forma confiável de autobiografia” e segue afirmando que ela diz mais sobre o crítico do que sobre as pessoas criticadas. E que profissionais experientes podem formular uma hipótese diagnóstica bastante precisa de alguém, apenas ouvindo suas críticas.
Quer saber mais? Continuamos na próxima segunda-feira.
* Harry Fockink é parceiro do Agro Family Office. Especializado em psicologia empresarial, programas de qualidade, produtividade e gestão empresarial, apoia empresas familiares, ajuda na transformação de herdeiros em sucessores e participa em conselhos de administração.